Sobre nós
A Promagala é herdeira da ancestral tradição da venda de artigos militares na Feira da Ladra em Lisboa.
Velha de séculos, a Feira da Ladra sempre foi conhecida pela venda de toda a espécie de bugigangas, quinquilharias, velharias e artigos militares.
O ponto alto da venda de artigos militares aconteceu durante a guerra colonial, devido ao elevado número de efectivos das forças armadas.
Era na Feira da Ladra que os soldados vinham vender os restos dos fardamentos que lhes tinham sobrado após a passagem à disponibilidade e era também lá que procuravam uma ou outra peça, mesmo velha, que lhes faltava para efetuar o espólio.
Era também na Feira da Ladra que acabavam por ser vendidos muitos dos velhos artigos de fardamento vendidos nos leilões do exército, após serem reciclados e reaproveitados, tornando-se úteis para os operários e para os trabalhadores agrícolas.
As calças e os casacos eram cosidos por diversas mulheres em diversos becos e vielas de Alfama e São Vicente de Fora. Nos mesmos becos e vielas alguns operários remendavam as velhas botas com meias solas elaboradas de velhos pneus e estas partiam depois, ensacadas, de comboio, para terem uso em diversas regiões do país.
À zona da Feira da Ladra veio parar, nos longínquos anos 50 do século XX, o Sr Gervásio, sapateiro, oriundo da Roussada, Milharado, Mafra.
HISTÓRIA
Aqui arranjou emprego num sapateiro com banca na entrada do prédio nº 5 da Rua de Santa Marinha. Com a reforma do patrão tomou a seu cargo a respectiva banca. Nessa banca começou a remendar as primeiras botas da tropa.
Como as vendas iam crescendo foram sendo admitidos como empregados outros sapateiros, chegando a ser mais de 20, ocupando armazéns desde o Beco do Maldonado ao Beco dos Loios.
Na Rua de Santa Marinha acabou o Sr Gervásio por conhecer a D Palmira, oriunda da Coelhosa, Alvares, Gois, perto da Pampilhosa da Serra, zona de onde é originária a maioria da população desta zona de Lisboa e resolvem constituir família.
A D Palmira acaba por ir vender roupa usada para a Feira da Ladra, juntamente com outros familiares. Daí a vender roupa da tropa foi um passo.
Surgem entretanto problemas e o Sr Gervásio não encontra no mercado material para trabalhar. Chega a criar modelos de calçado próprios mas a sua produção e escoamento para o mercado vão sendo cada vez mais difíceis.
As dificuldades aumentam com o 25 de Abril de 1974. Os empregados vão sendo reduzidos até que se vai embora o último e o Sr Gervásio e a D Palmira acabam por ir vender fardamento e botas militares para as Feiras à volta de Lisboa: Malveira, Odivelas, Brandoa e claro, na Feira da Ladra.
Com o tempo as feiras fora de Lisboa são deixadas e ficam apenas com a venda na Feira da Ladra.
Entretanto em 1952 nascia a única filha deste simpático e trabalhador casal a Fernandinha.
Por caprichos do destino a Fernanda vem a corresponder-se com o António entretanto em serviço militar em Moçambique.
O António é Alferes Miliciano, oriundo de Cardigos, Mação. Depois da quarta classe ingressa no seminário em Coimbra, passa por Fátima até que em 1968 abandona os padres e ruma a Lisboa.
Finda a guerra colonial o António regressa ao seu emprego de Despachante na Alfândega de Lisboa. Casam em 1975. O Bruno nasce em 1977 e o Tiago em 1985.
O António percorre sucessivamente empregos nos TLP, na PT e na Marconi.
Coincide em 2000 o facto de a Marconi ser integrada na PT e o Sr Gervásio se sentir cansado para continuar com a venda na sua banca da Feira da Ladra.
O António pede a reforma antecipada na Marconi e vai acompanhar a esposa na venda de artigos militares na Feira da Ladra.
Aos poucos alargam o negócio para a venda de Botas e Fardamentos para actividades específicas: Empresas de Segurança, Desportos de Aventura, Caça, etc.
Em 2006 passam o negócio a empresa e nasce a Promagala, Lda, tendo como sócios os 4 membros da família.
Em 2007 abrem a sua primeira loja em Lisboa.
No final de 2007 criam a sua própria página na internet.
Eis-nos …………